QUANDO EU MORRI
Era um espaço vazio,
Um buraco no peito,
Um abismo intransponível,
Ao menos foi o que pensei.
Queria um abraço,
O mundo,
Os aplausos,
Me sentir amado.
Caminho sem luz,
Sem alegria,
Sem rumo,
Sem poesia.
Mas tudo o que eu queria
Era aceitação de outros
Que jamais teria.
Então mudei de direção
E abracei a paz sem ilusão
Assim o amor nasceu
De mim para mim mesmo.
Era tudo o que eu precisava
Um amor incondicional
Cheio de luz e aplausos
Com a minha própria aceitação.
Enfim, renasci no melhor amor,
O amor próprio.
JOEL MARINHO