O PULO DO GATO (UMA PARÁBOLA ADAPTADA)
Gato e onça são parentes
Já que os dois são felinos,
Mas o gato é mais esperto
Embora menos malino
Com estilo preguiçoso
Não demonstra ser perigoso
Jamais passa desatino.
E desde muito pequeno
O gato aprendeu pular
Para pegar suas presas
Fez piruetas no ar
A onça disse, compadre
Eu sendo sua comadre
Queira isso me ensinar.
O gato parou um pouco
E ficou analisando
Será que a comadre onça
Não está só me testando?
Mesmo assim disse, eu ensino,
Mas seu instinto felino
Já estava “matutando”.
O primeiro salto ensinado
Pegar a presa de frente
O qual a onça aprendeu
Sempre muito sorridente
O gato desconfiado
Dizia, tem algo errado
Nesse riso de serpente.
Depois o salto da esquerda
Em seguida da direita
E o sorriso aumentava
De forma muito suspeita
Com todos os pulos ensinados
Ela disse, obrigado!
Eu já estou satisfeita.
E olhou para o compadre
Dizendo, aqui está chato
Convido a dar um passeio
Pelo meio desse mato
O senhor é bom parceiro,
Porém se tornou caseiro
E nem parece mais gato.
Ele então aceitou,
Mas sempre com muito tato
Quando no mato chegou
Aconteceu o tal ato
A onça forte esturrou
Pra cima dele pulou
E gritando, adeus, gato!
Mas antes dela o pegar
Ele para trás saltou
Ela pegou só o vento
Com tanta raiva ficou
Esbravejando bem alto
Ela falou para o gato
Esse salto não me ensinou.
Disse ele, ó miserenta!
Desgraça, filha do cão
Desde que me procurou
Sabia a tua intenção
Eu que sou mestre em saltar
Jamais tudo ia ensinar
Para me tornar ração.
E até hoje a dona onça
Não sabe saltar pra trás
Só o gato que faz isso
Pois ele é o mais sagaz
Fica a lição que fascina
Um mestre jamais ensina
Tudo o que sabe e faz.
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