NINO, O PAPAGAIO ENDIABRADO E A GAVETA CORTADA
POR JOEL MARINHO
Essa história é verídica
Não é nenhuma invenção
É do papagaio Nino
Atentado igual o cão
Fez minha mãe apanhar
O que ele fez vou contar
Pense numa tentação.
Um dia quando Adelaide
Foi visitar a vizinha
Deixou sua Wakiki
Na entrada da salinha
O diabo do papagaio
Disse agora me “espaio”
E roeu ela todinha.
Wuakiki pra quem não sabe
Para a geração Nutella
Era a marca do momento
Dita a melhor chinela
Pra você que se atrapalha
Melhor chamar de sandália
Sigamos nossa procela.
E toda aquela desgraça
Quando a mãe dela viu
Os beiços logo tremeram
E sua raiva subiu
Adelaide se lascou
Peia para dez levou
Que a fumaça cobriu.
O pior que ela ficou
Um pouco traumatizada
Parece que o papagaio
Tinha uma vítima apontada
Pois a sandália da Luca
Que estava ali dando touca
Ele não mordeu foi nada.
Diz que quando ele morreu
Adelaide se alegrou
E só não soltou foguetes
Porque ali não encontrou
Quando o papagaio brabo
Foi-se pra casa do diabo
Muito alegre ela ficou.
Deixemos o tal de Nino
Falemos de Rosalina
Que é irmã da Adelaide
E quando era menina
Teve a má sorte um dia
Ao fazer o que não devia
À sua mãe Jovenina.
Viu umas gavetas novas
E disse: aqui eu me faço
Com uma faca amolada
Foi logo metendo o aço
E peia pra dez jumentos
Ela levou no momento.
Que a verdade foi pro espaço.
Ela apanhou de sandália
Na época ficou confusa
Mas depois de muito tempo
Onde a lembrança repousa
Ainda tem recordação
Daquela marca do cão
Nas costas escrito Sousa.
Vou ficando por aqui,
Mas fica o nosso recado
Para os meninos Nutellas
Todos lesos, abestalhados
Se a ditadura voltasse
E assim por nada apanhassem
Estavam todos lascados.
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