O GOLPE DE MESTRE DO CAPITALISMO, A SELEÇÃO “VERMELHA”
Podem fala à vontade
Desse tal capitalismo
Diga que ele é selvagem
E utiliza o cinismo
Sim, ele é tudo isso
E jamais brinca em serviço
E não tem medo do abismo.
É como o camaleão
Que se adapta ao ambiente
Vive mudando de cor
Troca a pele igual serpente
Não tem amor por ninguém
Vive como lhe convém
E não importa a corrente.
Por falar em mudar de cor
Vejam agora o que ele fez
Mudou a cor da camisa
Da seleção de vocês
Virou o boi garantido
E o vermelho proibido
Agora é a bola da vez.
Pois a Nike insatisfeita
Ao ver despencar a venda
Da camisa canarinho
Queria aumentar a renda
Alteraram a legislação
E pintaram a seleção
Para muitos cor horrenda.
Vendo a Nike essa loucura
Que tomou o brasileiro
De endeusar seus políticos
E dividir o país inteiro
Viu ela a oportunidade
De alegrar a outra metade
E assim ganhar mais dinheiro.
A ela, dane-se a polêmica
Se vai dividir ao meio
A torcida brasileira
Que segue o trem sem freio
O importante é vender
E ver a renda crescer
Acertando o propósito em cheio.
Qual a desculpa inventada?
Buscar a originalidade,
Pois se Brasil vem de brasa
Eis aí grande “verdade”
O vermelho do pau brasil
Sustenta a tese que surgiu
E a Nike não ver maldade.
Eu fiquei aqui pensando
E acho que é uma jogada
Pra enganar a Alemanha
E a surra não ser dobrada
Como a Bélgica é sua vizinha
Ela meio que acarinha
E a gente ganha a danada.
Vou ficando por aqui
Pra não causar confusão
Até porque nunca compro
Camisa da seleção
Se a Nike quiser vender
Que trate de convencer
Outro pateta, a mim não!